×

Alerta

JUser: :_load: Não foi possível carregar o utilizador com o ID: 827

Imprimir esta página
segunda-feira, 16 março 2020 16:18

Coronavírus: As alterações no funcionamento dos supermercados

Em resposta à emergência de saúde pública que Portugal atravessa, devido ao Covid-19, e no cumprimento do disposto na Portaria nº 71/2020, de 15 de março – que impõe restrições no acesso e na afetação dos espaços nos estabelecimentos comerciais e nos de restauração ou de bebidas – os supermercados estão a implementar medidas extraordinárias, no seu funcionamento. O Lidl, o Pingo Doce, o Mercadona, a Coviran e o Continente são exemplos disso.

 A insígnia alemã foi a primeira a implementar medidas com vista a “minimizar o risco de contágio pelo vírus Covid-19”, antecipando a decisão anunciada através do Ministério da Economia e da Transição Digital.

Foi, assim, este sábado que o Lidl anunciou que, a partir de dia 15 de março, passaria a ter um horário reduzido, com o encerramento de todas as lojas a nível nacional às 19:00. A esta ação juntou-se o limite de acesso às lojas.

As lojas Pingo Doce, por sua vez, têm novos horários de funcionamento, mais reduzidos, que começaram a ser implementados hoje, dia 16, e que se manterão “enquanto Portugal estiver em estado de alerta”. Estes podem ser consultados no seu site, uma vez que diferem, entre as localidades.

O objetivo passa, segundo a insígnia do grupo Jerónimo Martins, por garantir que têm “sempre profissionais em prontidão” para conseguirem estar abertos sete dias por semana e manter operacionais as lojas e armazéns.

Também a espanhola Mercadona vai reduzir o horário, passando a ter as lojas abertas das 09:00 às 20:00 horas, sendo uma situação excecional, que se irá “adaptando às circunstâncias”.

No que ao abastecimento e ao sortido diz respeito, a insígnia sublinha que as lojas vão permanecer abastecidas, reforçando os “produtos básicos e de primeira necessidade”. Deixarão, no entanto, de ser admitidas, “em qualquer circunstância”, devoluções de produtos, com o objetivo de “proteger a segurança alimentar”.

Em termos de medidas internas para reforçar a saúde e a segurança dos colaboradores, o Mercadona entregou equipamentos de higiene e prevenção necessários, e adotou “critérios específicos relativamente à saúde”, além de reforçar os processos diários de desinfeção e limpeza das instalações.

A cadeia espanhola deixa ainda recomendações gerais para os clientes, nas quais se incluem: ir apenas uma pessoa às compras (evitando idas ao supermercado em família, com crianças ou em grupos); as compras não deverem ser realizadas por pessoas que façam parte dos possíveis grupos de risco; comprar ao longo do dia e não à hora de abertura do estabelecimento; realizar as compras com agilidade e rapidez; não armazenar produtos desnecessariamente; e pagar, preferencialmente, com cartão, evintando o uso de dinheiro em efetivo.

A Cooperativa de supermercados Coviran anunciou que está a implementar uma série de ações que permitem “assegurar o funcionamento dos supermercados, o cuidado da saúde dos funcionários e o serviço aos clientes”, salientando, contudo, que os procedimentos serão adaptados de acordo com a evolução do Coronavírus “em geral e em cada zona geográfica concreta”.

Entre as ações que estão a ser realizadas encontram-se as “medidas preventivas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para evitar contágios”, que integram a limpeza constante das mãos, a desinfeção dos lineares, mobiliário e instalações em geral, e o uso de máscaras quando a situação assim o aconselhe.

A propósito da pandemia, as cerca de 900 pessoas adscritas às 30 plataformas que fazem a distribuição para os três mil supermercados Coviran em Portugal e em Espanha, estão a ampliar turnos e a reforçar os procedimentos, tendo sido duplicadas as linhas de pedidos, feita uma reposição constante, ampliados os horários, e intensificadas as ações destinadas à mercadoria de primeira necessidade. A cadeia sublinha que "os serviços de preparação de mercadoria, separação e fornecimento estão a ser oferecidos de maneira igualitária entre os sócios”.

As equipas comerciais e de aprovisionamento estão a reforçar o stock, em especial os produtos essenciais, de primeira necessidade, e foi criado um Comité que está coordenado com as autoridades sanitárias e informado da situação para atuar em cada momento.

Para os funcionários, a Coviran autorizou que as pessoas que apresentem algum tipo de situação especial, como grávidas, funcionários em risco de saúde com medicação ou tratamentos específicos, permaneçam em casa, além de terem sido estabelecidos turnos e rotação de pessoas. Nos serviços centrais optou por estabelecer equipas de trabalho paralelas, permitindo que realizem a sua atividade em teletrabalho.

Foram ainda canceladas as reuniões externas e a insígnia está a optar por videoconferencias como sistema de comunicação alternativa.

Diretamente para os clientes, a Coviran recorreu às redes sociais e a meios de comunicação, para recordar que “não é necessário que se encham as despensas, porque vão encontrar um supermercado próximo de casa”.

A “acompanhar atentamente” as indicações da Direção Geral de Saúde está ainda a Sonae MC, que aponta como prioridade a garantia da segurança de clientes e colaboradores. Neste sentido, tem vindo a implementar, para ambos, um conjunto de medidas informativas e preventivas, nas quais se inclui manter o horário de funcionamento das lojas Continente, com o objetivo de diluir possíveis picos de concentração de pessoas e de garantir uma maior segurança.

A insígnia está a acautelar distâncias de segurança entre os clientes, que estão “devidamente assinaladas nas lojas” – por exemplo, junto aos balcões de atendimento e às caixas – e a dar prioridade ao fornecimento de bens de primeira necessidade, explicando, por isso, que a reposição e o fornecimento de outros tipos de produto podem não ser tão céleres.

A Sonae MC sublinha que não estão previstas ruturas de stock nos bens essenciais à venda no Continente, pelo que não estão a aplicar medidas de restrição ao número de produtos que cada cliente pode adquirir.

Já no Continente Online, seguindo as recomendações das entidades de saúde para contenção da Covid-19, estão a ser implementadas alterações temporárias ao serviço. As entregas ao domicílio passarem a ser efetuadas à porta do cliente, não havendo entrada dos funcionários no local, é uma das medidas, e deixar de ser feira a recolha de sacos de plástico de encomendas anteriores – prevista no âmbito da nossa política de reciclagem – é outra.

A insígnia deixa ainda a recomendação para que as encomendas sejam pagas com cartão de crédito, MB Way ou PayPal, de forma a evitar o pagamento no ato da entrega, e nas encomendas Click&Go para recolha nas lojas Continente não estarão disponíveis opções de pagamento no momento de levantamento da encomenda.

Quanto à proteção de colaboradores, a insígnia afirma estar a seguir as regras definidas pela Organização Mundial de Saúde.

Sobre o futuro, a Sonae MC releva: “Temos delineado um plano de contingência, com vários cenários possíveis, que está a ser colocado em prática de acordo com a evolução da situação em Portugal, para segurança de todos”.

A capacidade de todos os supermercados será controlada, cumprindo o com o estabelecido na Portaria nº 71/2 2020, que determina a presença de quatro pessoas por 100 metros quadrados.

(Notícia atualizada a 17 de março)

Fonte: LLYC; Lidl; Pingo Doce, Coviran, LPM