segunda-feira, 22 maio 2023 10:35

Lucros da Sonae caem 38,3% no primeiro trimestre

A Sonae fechou as contas do primeiro trimestre com uma quebra de 38,3% nos lucros, para os 26 milhões de euros, apesar da subida de 12% no volume de negócios consolidado, para 1,9 mil milhões de euros, anunciou o grupo.

Nos primeiros três meses de 2022, que coincidiram com o início da guerra na Ucrânia, o grupo liderado por Cláudia Azevedo tinha lucrado 42 milhões de euros.

Impactada pelos “esforços contínuos para apoiar as famílias e absorver a pressão inflacionista, sobretudo nos formatos de retalho alimentar” – e apesar da redução dos custos de energia –, a margem EBITDA subjacente diminuiu nove pontos base em termos homólogos, para 7,3%.

“Continuámos a trabalhar arduamente para mitigar os impactos desta situação nas nossas comunidades, absorvendo uma parte significativa da inflação nos preços que oferecemos aos nossos clientes. Neste contexto desafiante, os nossos negócios de retalho mantiveram-se focados em garantir uma oferta de qualidade aos preços mais baixos, com um foco redobrado na sua eficiência operacional”, afirma a CEO, Cláudia Azevedo, em comunicado. A porta-voz contabiliza que o desempenho operacional do grupo, juntamente com a atividade de gestão de portefólio, conduziu a um free cash flow de 181 milhões de euros nos últimos 12 meses, implicando uma ligeira redução da dívida líquida em termos homólogos, para 922 milhões de euros.

No retalho alimentar, a MC disparou as vendas em 13,5% nos primeiros três meses do ano, para um volume de negócios de 1,5 mil milhões de euros. Em termos de rentabilidade, a margem foi “impactada pela absorção parcial pela MC da pressão inflacionista, pelo efeito de mix e agravamento dos movimentos de trading down, e por aumentos de custos operacionais essencialmente devido à inflação”.

O grupo sustenta que o desempenho do volume de negócios, o resultado das ações de melhoria de eficiência e a redução, em termos homólogos, dos custos de energia (devido a menores preços e aumentos de eficiência), permitiram que a MC atingisse uma margem estável de 8,4%, com um EBITDA subjacente de 124 milhões de euros no primeiro trimestre.

No retalho de eletrónica, a Worten ganhou quota de mercado e cresceu 9%, com o online, apesar de 15% das vendas totais de 284 milhões de euros. A Zeitreel (retalho de moda) manteve vendas de 96 milhões de euros, e, no retalho de desporto, a ISRG viu as receitas subirem 24%. A Bright Pixel investiu 14 milhões em empresas de tecnologia, o Universo (serviços financeiros) aumentou a produção em 6%, enquanto a Nos aumentou o contributo para os resultados da Sonae em 3,1 milhões, com reforço de posição nas telecomunicações.

Na Sierra, as vendas dos lojistas dos centros comerciais ultrapassaram os níveis pré-pandemia, “demonstrando a resiliência e elevada qualidade dos seus ativos”. Na gestão de investimentos, concluiu a aquisição de sete supermercados e está a trabalhar em novos veículos de investimento. Face ao desempenho operacional positivo, os lucros da Sierra melhoraram 58%, para 16 milhões no final do primeiro trimestre.

Fonte: BA&N

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