Nos primeiros três trimestres deste ano, a consultora verificou que os volumes de investimento no setor retalhista aumentaram, de forma mais notória, em relação à Roménia (+2421%), Espanha (484%), Finlândia (177%) e Portugal (170%).
O investimento em centros comerciais representou 27% de toda a atividade de investimento de retalho, em comparação com 14% no período homólogo do ano passado.
Nos últimos meses, o rápido aumento dos custos da dívida gerou uma pressão ascendente sobre as yields e, no terceiro trimestre deste ano, as yields dos centros comerciais prime atingiram um novo máximo de 5,52% (em média) em toda a Europa, 20bps acima do segundo trimestre de 2022 e 105 bps acima do seu último pico no primeiro trimestre de 2018. Já as yields de armazéns de retalho passaram para uma média de 5,27% na Europa e as yields de comércio de rua deslizaram 18bps para uma média europeia de 3,75%.
A empresa observou mudanças reduzidas nas estratégias de expansão dos retalhistas, apesar dos ventos contrários na Europa. "Esperamos ver mais marcas não europeias a preparar a sua estreia europeia em 2023, particularmente marcas de moda premium originárias da América do Norte e Austrália", adianta a Director Savills Retail Research, Marie Hickey.
A Savills registou que, em média, as rendas de comércio de rua em artérias prime em toda a Europa estão 34% abaixo dos níveis do 4º trimestre de 2019.
"Dado o aumento do custo da dívida e a crise verificada ao nível do custo de vida com efeitos na carteira dos consumidores, antecipamos uma nova subida das yields nos próximos seis meses, particularmente para os ativos de comércio de rua e armazéns de retalho", afirma a diretora da Savills European research, Lydia Brissy.
Fonte: Savills