Declarando que a CHEP “é a espinha dorsal invisível da cadeia de abastecimento”, concretiza: “As nossas paletes e contentores reutilizáveis ajudam a transportar mais mercadorias para mais pessoas, em mais lugares do que qualquer outra organização no mundo.”
Baseadas num modelo de negócio sob os princípios da economia circular, as plataformas da empresa são intrinsecamente sustentáveis. “Estes produtos são constantemente partilhados e reutilizados por produtores e distribuidores em toda a cadeia de abastecimento, prolongando assim o ciclo de vida das nossas paletes e contentores. Esta premissa reduz, por um lado, o desperdício e, por outro, a necessidade de gasto de mais recursos naturais como matérias-primas. A par dos produtos, a nossa escala e rede oferecem-nos visibilidade sobre milhões de movimentos de paletes em toda a Europa, o que nos permite identificar oportunidades de colaboração de transporte entre a CHEP e os nossos clientes ou entre eles”, esclarece a porta-voz.
Nesse sentido, refere o “papel ativo” da CHEP Europa na descarbonização e numa sustentabilidade mais ampla. “Como pioneiros do modelo de negócio circular, estamos melhor posicionados para desempenhar o nosso papel face aos desafios das mudanças climáticas”, assegura, antes de prosseguir com mais detalhes: “Em 2020, lançámos um ambicioso programa de sustentabilidade de cinco anos com o objetivo de evoluir da redução do nosso impacto negativo para a criação de um impacto positivo no planeta e na sociedade. Em outras palavras, a nossa ambição é ser pioneira em cadeias de abastecimento regenerativas, o que significa passar de sistemas degenerativos, que desperdiçam recursos, para modelos que restauram a natureza e fortalecem a sociedade.”
Tendo em conta o programa de sustentabilidade para 2025, a estratégia de descarbonização está a sofrer uma aceleração. “Comprometemo-nos publicamente a apoiar a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura média global em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Este alinhamento já nos comprometia a atingir emissões zero de gases de efeito de estufa (GEE) até 2050, mas recentemente anunciámos o nosso compromisso de antecipar esse prazo em dez anos”, lembra a Country General Manager da CHEP Portugal.
Nesse caminho, foram definidas três metas: atingir a neutralidade carbónica para as próprias operações (escopos 1 e 2 do GHG Protocol), utilizar eletricidade 100% renovável nas próprias operações e estabelecer metas baseadas na ciência, tanto para as operações quanto para a cadeia de valor, alinhadas com o futuro climático de 1,5 graus estabelecido no Acordo Climático de Paris.
“Já atingimos os dois primeiros objetivos durante o primeiro ano do nosso programa, mas continuaremos a mantê-lo de forma a reduzir as emissões dos escopos 1 e 2 e a compensar quaisquer emissões residuais com projetos de compensação de carbono”, conta, adiantando terem sido “definidas ainda metas de médio prazo, baseadas na ciência para reduzir as emissões absolutas de escopo 1 e 2 das instalações da CHEP em 42% e das emissões absolutas de escopo 3 da nossa cadeia de valor em 17%”, ambas até 2030. “E, por último, estabelecemos uma meta de longo prazo para atingir zero emissões até 2040, cobrindo 100% das nossas emissões operacionais e da cadeia de valor”, acrescenta.
Além de defender que o uso das paletes e dos contentores da CHEP “minimiza a quantidade de novos ativos necessários às cadeias de abastecimento dos clientes, o que as torna, desde logo, mais sustentáveis”, a responsável diz que a empresa tem feito um esforço para estender as suas colaborações com mais parceiros e clientes em todo o mundo. “Quanto mais entidades fizerem parceria connosco, mais cadeias de abastecimento sustentáveis conseguiremos criar. A título de exemplo, os projetos como o Zero Waste World (ZWW), dirigida a produtores e retalhistas, visam eliminar o desperdício de embalagens e alimentos, erradicar os quilómetros em vazio no transporte e eliminar a ineficiência por meio da colaboração”, concretiza.
Neste contexto, enumera algumas metas ambientais alcançadas nas cadeias de abastecimento dos clientes no ano fiscal de 2021, graças ao uso de equipamentos reutilizáveis, face a alternativas de uso único: até ao momento, já foram poupados 2,4 milhões de toneladas de CO2; 3.160 milhões de litros de água; 3,1 metros cúbicos de madeira; 1,4 milhão de toneladas de resíduos.
“Como um exemplo líder de um modelo de negócios circular bem-sucedido, que opera numa economia de escala global, definimos a ambição de defender, educar e impactar um milhão de pessoas para se tornarem agentes de mudanças na economia circular até 2025. Através dessa meta, pretendemos partilhar o nosso conhecimento de modelos circulares para incentivar outros setores a fazer a transição para uma economia circular”, comenta, referindo ainda “parcerias com bancos alimentares em todo o mundo de modo a ajudar no combate à fome e ao desperdício de alimentos por meio de doações de produtos em espécie, partilha da experiência e conhecimentos de logística, colaboradores para voluntariado e doações financeiras.” “Continuaremos a colaborar com os bancos alimentares para servir alimentos a milhões de pessoas necessitadas em todo o mundo”, garante Paula Sardinha.
Partilhando da opinião de que as empresas devem dar um verdadeiro salto para mitigar as mudanças climáticas e construir uma resposta coletiva a um dos maiores desafios da atualidade, a descarbonização da economia global, a “CHEP conduzirá a transformação necessária para garantir o alcance das metas de redução de emissões alinhadas com o Acordo de Paris e contribuir para a ambição de derivar cadeias de abastecimento regenerativa.”
A estratégia da CHEP Europa está alinhada com a empresa-mãe, a Brambles, que pretende ser pioneira em cadeias de abastecimento regenerativas. Trata-se de uma estratégia para 2025, que inclui uma meta Planet Positive para restaurar florestas, ir além do desperdício zero e reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio das seguintes metas. Além disso, serão aumentados os padrões de cadeia de abastecimento em todos os lugares em que a empresa opera, trabalhando com as comunidades para criar novas fontes de rendimento e capital social por meio de créditos de carbono e madeira sustentável, a par dos produtos derivados de plástico pós-consumo fechado que eliminam o desperdício.
“Alcançaremos o desperdício zero para os nossos principais materiais até 2025 e daremos um passo extra na transformação de plásticos de uso único em produtos com ciclo de vida maior, de modo a atingir um mínimo de 30 % de material reciclado ou reutilizado nos nossos novos produtos até 2025 e 100% até 2030. Alcançar emissões líquidas de GEE zero até 2040 e um objetivo positivo das comunidades, para permitir uma economia circular de sucesso e uma sociedade mais forte”, adianta.
Paula Sardinha reconhece que “essa transformação não será fácil”, mas recorda o “longo histórico da CHEP de alcançar o improvável quando se trata de sustentabilidade”:
“Estamos comprometidos em liderar uma revolução regenerativa, criando um novo tipo de cadeia de abastecimento em parceria com os nossos fornecedores, os nossos colaboradores, os nossos clientes e as nossas comunidades. E acreditamos que isso permitirá criar valor social e financeiro de mãos dadas.”
O compromisso da CHEP Europa alicerça-se num plano sólido de descarbonização, de acordo com a Country General Manager para Portugal, com dois principais marcos. Primeiro, redução de médio prazo para 2030 recentemente aprovadas pela Science Based Target Initiative (SBTi), que incluem, entre outras, redução de 42% nas emissões absolutas de GEE de Escopo 1 e 2 nos níveis de 2020 e redução de 17% nas emissões absolutas de GEE do Escopo 3 nos níveis de 2020 2. Segundo, uma meta de emissões zero de GEE de longo prazo até 2040, que foi definida para complementar as metas científicas de médio prazo. A meta abrangerá 100% das emissões de Escopo 1, 2 e 3 relevantes da empresa.
“Para gerir este desafio de forma eficaz, criámos uma função de descarbonização integrada na organização, a qual nos permite trabalhar com stakeholders internos e externos em iniciativas multifuncionais e criar um roteiro, com metas, para garantir que essa visão estratégica corporativa se torna uma realidade nos 60 países em que operamos”, adianta, revelando que a estratégia “para atingir emissões líquidas zero até 2040, construída firmemente em torno de SBT aprovados, fornecerá aos negócios da empresa uma direção estratégica de longo prazo e ajudará a manter a posição de liderança em sustentabilidade.”
Além de terem identificado as alavancas de descarbonização à sua disposição, foram também elencados os principais facilitadores que permitirão atingir as metas estabelecidas, em particular um ambiente político favorável, bem como tecnologias e infraestrutura de transporte com zero emissões. “Isso, juntamente com um plano de ação interno claro para incorporar as considerações de carbono na nossa tomada de decisão, garantirá a capacidade de acelerar a nossa transição para um modelo de negócios de emissões zero”, sustenta Paula Sardinha, que remata com as três áreas em que a CHEP se irá concentrar para atingir a meta de zero emissões: operações (próprias e subcontratadas), logística e compras diretas.
Fonte: Store - edição setembro 2023